segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

INTRO

Durante a minha passagem por Bragança, cidade com tanto para dizer e tão pouco para falar, sucederam-se inúmeros acontecimentos inigualáveis que merecem ser perpetuados. Entre Borrachice, noites de copos, bebedeiras e até algumas pielas e inclusive alguns não poucos distúrbios nocturnos alcoólicos, ainda houve tempo para estudar, estudar a melhor maneira de emborrachar sem ressacar está claro. Sou agora algum marrão ou quê! Daí surgir a ideia de um Blog. Este espaço destina-se a esses mesmos episódios entre muitos outros que ocorreram a todos os electrões e amigos de Electro que estejam ou já estiveram no seu percurso académico e não só, enclausurados no vale da perdição. Para quem não conhece, ou no pior dos casos não disponha de tecnologia GPS, fica a saber que este vale se localiza entre o monte de S. Bartolomeu, mais conhecido por Montelomeu e a imponente serra da Nogueira. Serra essa que com as suas terríficas antenas transmite de forma diabólica e ininterrupta desde à 13 anos! ou coisa que o valha, o sinal que permite captar um indíviduo que todas as manhãs de fato de cetim cor-de-rosa e camisa de seda de tons berrantes com padrões extravagantes, aterroriza o panorama televisivo nacional e o antigo canal que se dizia do cota do Jotacê. Para além deste indivivuo que não passa ao que parece sem que, num movimento de vai e vem, lhe violentem as nalgas, há algo mais que assola esta região e do qual ainda não há fuga nem solução possível, pelo menos que seja do meu conhecimento. E sim, pressionar um qualquer botão do controlo remoto não resolve nada neste caso. Estou então a falar da constante sujeição de seus habitantes às agrestes correntes ventosas sanábricas que os obrigam contra à vontade e em alguns casos contra natura a refugiar nos deploráveis e condenáveis vícios da bebida e do sexo. Que tristes destinos acolhem aquelas paragens digo-vos eu. Só de pensar. Livra!

“SIMPLESMENTE ELECTRO!” era uma frase tipicamente proferida por todos os bragançanos, por grande parte dos bragantinos e também pela generalidade dos brigantinos desde os naturais aos emprestados, após uma qualquer actuação, actividade ou até mesmo uma simples reunião de electrões. Reuniões essas que se desenrolavam em um qualquer estabelecimento nocturno que transacciona-se o divino néctar dos deuses extraído da mais mitológica das fontes míticas. A Máquina de tirar finos! Há inclusive correntes que afirmam ser esta a derradeira e inequívoca prova que o velho do Jota, ou Deus como é vulgarmente conhecido o pai dele, existe. Sendo esta a criação divina por excelência. Isto já foi comprovado por estudos e coisas assim. Por vezes essas reuniões encontravam-se em estabelecimentos diurnos, mas nestes casos perfeitamente justificável, pois não era para tomar nenhum pingo ou algo do género, apenas e unicamente no seguimento de uma qualquer noitada que os alunos e também alguns estudantes de Electro efectuavam com admirável regularidade. Tipo todos os dias.
Daí que o nome para este Blog tenha recaído nesta citação que originalmente é da autoria do Almirante Guimarães, vulgo Guima, mas que rapidamente se tornou de todos devido ao facto de ser a única maneira possível e até imaginável, pois ainda mais ninguém se lembrou de outra, de caracterizar ou sintetizar qualquer tipo de acção levada a cabo pelos Electrões.

O logótipo do Blog não podia ser excepção e como em todo o que Electro realiza a originalidade salta á vista, neste caso principalmente devido ao inédito uso num símbolo do Castelo altaneiro de Bragança, sim altaneiro e não alternadeiro como em tempos chegou a ser vinculado na comunicação social. Posso nunca ter ido a Amesterdão mas estive uns anos em Bragança pelo menos o suficiente para saber que de New Red Light District apenas ficamos com a fama, pois é meus amigos infelizmente proveitos nem vê-los! Pelo menos eu não me recordo de ver em nenhuma vitrina da Avenida Sá Carneiro ou até mesmo da Abade Baçal, nenhuma brasileira a fazer um Shower Dance ou uma outra qualquer dança erótica do género, ao som do tilintar das moedas de aérios. Também verdade seja dita ninguém acreditou muito na consagradíssima revista TIME, que desde os meus tempos de adolescência faz parte da leitura de casa de banho lá de casa a par do Reader's Digest e outros almanaques do género. Seria como é óbvio de esperar que depois daquele artigo e da exposição mediática resultante, o povo másculo do secundário e até mesmo de outras instituições do ensino superior lotassem Bragança a todos os títulos. Desde transferências a ingressos. Facto prontamente desmentido pelos números que mantiveram a descida acentuada que promete inverter agora com a entrada de tudo e de todos com os +23. Grande jogada do ensino superior para ir buscar mais dinheiro através de propinas depois dos cortes orçamentais previstos, desprezando assim novamente quem tenta manter o estilo de vida normal para o superior e cumprir a hercúlea e extenuante tarefa de manter as suas tradições ancestrais. A já difícil, angustiante e reprovável vida de aluno repleta de sexo, drogas e álcool (a rima não se perde e o Rock’n Roll já era!) vê-se assim num beco sem saída com a implementação do Bolonha mais as faltas e não sei quê… E o que mais me revolta nisto tudo é que há quem insista em manter tradições medievais como as bandas de música ou os bigodes, mas depois ninguém quer saber dos costumes universitários. Mas enfim. Politiquice dessa cambada de maçónicos que são os nossos governantes. É o que é! Voltando ao logo e ao uso mais que original do castelo, inovou-se novamente no uso de uma faísca, impensável quem se lembraria de tal coisa Electro – Faíscas; Faíscas – Electro tal associação concerteza nunca passou pela cabeça de nenhum electrão nordestino e para atestar a veracidade desta afirmação teremos sempre Ricardo Ferraz.

Está dado então o pontapé de saída para o Blog a partir daqui tudo é possível…

Como diria no seu preferido adágio popular flaviense um destacado membro do mui nobre Clero Electrical:

Haja saúde e coza o forno!

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