Vrrruumm, vrrruumm’s & tnnnn, nnnn’s…
Ou meramente indivíduos com muito tempo livre!
Os tipos que inventaram o R5 são levados da breca. Não é que após perderem o bicampeão mundial de F1 para os rivais da McLaren, se viraram para a música. Isto hoje em dia é assim, toda a gente tem a mania que é artista e coiso.
Isto de tocar “We are the Champions” e “God save the Queen” é muito bonito e tal, mas não me convence por aí além. E para acabar de vez com o misticismo que os fulanos da 4L é que são muito à frente, convido-vos a participarem na tainada Car(v)alho da Portela, onde iremos deitar por terra essa teoria. Só precisamos de um tractor e de um bidão de gasolina. Pois ao que parece o motor a gasóleo arranha um pouco no ouvido e desafina em si bemol e ré sustenido! Logo, para demonstrar a esses franceses emproados quem manda, nada melhor que tocar o hino “Carvalho da Portela” entoado pela portentosa cavalagem de um Massey Ferguson, tendo como plano de fundo um espectáculo pirotécnico. Lindo! O primeiro show piromusical
Hum! Verdade seja dita até é engraçado. Mas só isso. Nada mais. Não deixa de ser apenas um sofisticado aparelho tecnológico capaz de digitalizar coisas a interpretar um excerto da mais mediática sinfonia de Beethoven. Algo que qualquer petiz de banco de escola faz com as pernas atrás das costas e a usar o nariz nas teclas de um qualquer piano como se fossem os dedos. Sim, porque eu já vi isso na TV. É certo que não era um garoto qualquer. Era um daqueles com os olhos em bico, cabelo à Paulo Bento e tez amarelada. Ao que parece aquilo é o género de coisas que eles fazem. Mas só quando não abrem restaurantes e lojas ou não saem por aí a matar pessoal só porque estão deprimidos e ninguém gosta deles. Para além disso, a possibilidade de ver ao vivo o hino da tainada a ser entoado por um tractor, ofusca-me de tal maneira que ao pé disso relego tudo à mediocridade.
Bem. Por hoje é tudo!
Post Scriptum: Se também querem mais tempo livre para fazer coisas do género, baldem-se para os estudos e travem amizade com o reitor. Conheço sujeitos que fizeram isso e deram-se bem. Acho que um deles agora até tem o segundo mais importante cargo de estado.
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