"Dolce Fare Niente"

Ou aquelas expressões estrangeiras tipicamente nossas...

"Dolce Fare Niente" diz-se por aí que esta expressão é de origem italiana, mas eu contesto a veracidade dessa afirmação. O doce prazer de fazer nenhum é uma característica tão tipicamente portuguesa quanto "Quando mija um português, mijam logo dois ou três".

Introduções sem pés nem cabeça á parte! Hoje á noite vou a um aniversário de uma amigo meu. Até aqui tudo bem. Nesse evento vão estar presentes segundo o aniversariante, uma data de povo de Erasmus que estuda lá para as bandas do Porto. Algo saudável e de salutar mas, com apenas um senão. Italianos! Malta porreira, muito divertida e tal. Mas concerteza vão aproveitar a ocasião para se meterem com nós portugueses, pois após o resultado de ontem já teremos entre copos e assim, bastante tema de conversa. Só que é uma temática pouco agradável para as hostes lusas e para os nossos sensíveis ouvidos.

A mim não me apanham eles desprevenidos! Daí que tenha já começado a pensar em argumentos para contrariar o sentido da conversa, de modo a que sejamos declarados vencedores dessa batalha verbal.

Começo então pelo desporto, visto ser essa a área que será abordada. No futebol o falhanço no apuramento aos pés da Itália impera. Para mais eles são os campeões do mundo em título. Está visto que ao nível das selecções não me safo, o melhor é abordar os clubes. E daí talvez não, o AC Milan venceu a Liga dos Campeões. Lá se vão os argumentos por água à baixo. A única opção é mudar de desporto. No hóquei somos sempre dos melhores do mundo, ora aqui está um assunto em que ninguém tem argumentos para nós. Quando fui confirmar essa supremacia fiquei sem palavras! Mesmo assim não desisti e lembrei-me que também somos uns craques em boccia. Mas como se trata de um desporto praticado por pessoas com necessidades especiais talvez seja melhor não ir por aí. Está provado que no desporto não vou lá.

Descobrimentos! É uma coisa em que indiscutivelmente fomos os melhores do Mundo. Só que os fulanos da terra das massas apresentam sempre como cartão de visita, Cristóvão Colombo e Américo Vespúcio. Sendo estes os supostos descobridores do continente americano. Supostos, pois hoje em dia já se sabe que Cristóvão Colombo era um fidalgo português, mais concretamente um novo-cristão da vila de Cuba no Alentejo. O seu nome verdadeiro era Cristóvam Guiarra Colon e a sua naturalidade é a razão pela qual a ilha do Fidel tem o nome que têm. Mesmo aqui eles nos levam a melhor, pois fizeram de um genuíno tuga um genovês aos olhos de todo o Mundo. O Américo Vespúcio, navegador que deu o nome ao continente. Também não foi o primeiro europeu a chegar ao solo americano pois existem relatos de expedições bem sucedidas de fenícios e vikings , só que mais uma vez os fulanos das torres inclinadas passaram a perna à História. Resultado, não é com Bartolomeu Dias, Pedro Álvares Cabral ou Vasco da Gama que vou lá!

Já em desespero lembrei-me da empresária Xana! Mas nesse particular eles também têm os seus argumentos...

Foi aí que se fez luz... Nós os tugas temos algo que supera a Squadra Azzura, a Ferrari, o AC Milan, o Valentino Rossi e até mesmo a Mónica Bellucci (mas neste particular só um pouquinho!). E essa coisa meus amigos é isto! E já agora que estamos nos santos populares, vou puxar a brasa à nossa sardinha e referir que isto está um nível acima de tudo o que esses índividuos das pizzas possam vir a fazer nesta, e na outra vida...

Modéstia à parte e agora que penso bem até tenho pena dos pequenos. Que tristes!