quarta-feira, 30 de maio de 2007

That 80’s show! # 02

Ou simplesmente o mais "Bad Mother Fucker ever"…


















O debate em torno de quem será afinal o gajo mais lixado de toda a história do cinema pode dar muitas voltas e assumir as formas mais variadas mas, em minha opinião, a resposta vai dar sempre no mesmo nome: Carlos Ray Norris, só por si, é um nome que dificilmente fará tremer algum vilão, mas, se no lugar das duas primeiras palavras que compõe o título identificador, colocarmos “Chuck”, o caso muda completamente de figura. Mas vamos a factos concretos. Chuck protagonizou nos anos oitenta a saga cinematográfica “Desaparecido em Combate” (Missing in Action), onde basicamente, interpretava o papel de um Coronel (James Braddock) cuja missão consistia no resgate de uns quantos prisioneiros de guerra que ainda estavam enclausurados numas quaisquer barracas no Vietname. É giro constatar que toda esta aventura começa com um sonho do coronel em que este dizima uma carrada de vietcongs todos iguais e salva alguns dos seus antigos companheiros de luta (todos com uma família nuclear perfeita e filhas louras muito giras e bem comportadas). Ou seja, o Chuck Norris até a sonhar, é um gajo lixado. Seja como for, quero destacar duas cenas, ambas míticas, que além de demandarem já há muito a instituição de cursos universitários que gravitem à volta do seu conteúdo, são paradigmáticas quanto à capacidade destrutiva do Chuck. A dada altura, num dos “Desaparecidos em Combate”, o Coronel Braddock é capturado pelos vietcongs maus que, sob a égide do pérfido Coronel Yin, decidem pendurar o nosso herói numa árvore, de cabeça para baixo. Depois, tapam-lhe a cabeça com um saco de serapilheira que, e aqui é que está a parte lixada, tinha uma ratazana esfomeada (se calhar, até radioactiva e mutante, só para apimentar a coisa) lá dentro. Braddock contorce-se compulsivamente, ouvem-se uns guinchos de rato e depois silêncio. Começam a cair umas gotas de sangue e os soldados vietcongs trocam entre si as piadas que se exigem neste género de processo “rato de esgoto come cabeça de herói anti-comunista”. Bem, um deles aproxima-se para desvendar a cara, pensam eles, desfigurada do Chuck, mas, eis que surge o ponto de viragem, foi a ratazana que se viu transformada em bolo alimentar. Depois, não me lembro como porque era muito novo (mas lembro-me que fez perfeito sentido), o Chuck soltou-se e despachou mais uma palete de vietcongs.

Há uma outra cena em que o coronel está a fugir num barco a motor enquanto três maus lançam incontáveis rajadas de Kalashnikovs, AK-47, que, vá-se lá saber, não parecem ter efeito no veículo de escapatória aquática. Um dos maus, mais astuto e despachado, ao ver que a continuarem assim o Chuck se iria escapulir e finalmente instaurar a paz e o amor no mundo, decide pegar na bazooka e consegue acertar em cheio na embarcação foragida. Tal como na cena do rato, os vietcongs riem-se e trocam piadas (povo animado, estes vietnamitas). Mas, da mesma forma que a Fénix renasceu das cinzas, Chuck renasce dos destroços de um barco a motor e ergue-se majestosamente da água com a sua M60 (uma arma que, na altura, me parecia mais pesada que um carro) e, com uma só rajada, acaba com o trio das piadinhas em vietnamita (ou vietnamês, seja o que for). Conclusão: Chuck enerva-se particularmente com piadas que não percebe.


Chuck nos 90’s…




















Se a isto juntarmos o facto de Chuck Norris protagonizar, cantar a música do genérico, produzir e, hossana nas alturas, até escrever um ou outro episódio da série “Walker, o Ranger do Texas”, temos que reconhecer estarmos perante um autêntico Buda na arte que tão bem caracteriza os duros do cinema. Já agora, e para terminar, só dois apontamentos acerca desta sumptuosa manifestação televisiva de dureza do Chuck: Em todos os episódios o Walker e o seu companheiro de sempre tinham que aviar a clientela inteira de um bar (armada de tacos de snooker, claro) que não achava piada ao facto de dois Rangers do Texas terem decidido fazer perguntas sobre um qualquer vilão; e o Walker, apesar das calças de ganga apertadas conseguia dar pontapés à altura da cabeça dos maus, sem, graças a Deus, a zona de tecido que envolve o escroto alguma vez ter cedido e revelado ao mundo algo aterrador.

3 comentários:

JstHempit disse...

Sem duvida que esse gajo é o verdadeiro "esconca tudo"!! qual Bruce Willis qual die hard... o chuck ate andou a porrada com o Bruce lee... apesar de levar nos cornos mas como não era a estrela do filme ate se percebe... Qualquer dia está a concorrer ao senado ou quem sabe á presidencia dos states...

J074C3 disse...

Olha o Arnold lá chegou a senador por isso pro carlos norris "chuck" prós amigos lol o céu é o limite ;-) e por céu entenda-se presidente da Microsoft isso é que é poder lol

Papshmir disse...

Não esquecer a faceta do Chuck a vender aparelhos para ginástica...Quem não viu o Chuck as 5:30 da manhã nas televendas??